segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Mel

Mel, só tenho para te oferecer esse meu reino depredado, o palhaço bate na tua porta. Neste depósito de máquinas desligadas busco por uma vida inteira a vertigem das discotecas. Nadamos em um estacionamento sem água. Amantes do asfalto, corredores estalam. Quero pular mesmo, te guardar e levar esta turbina mesmo na cara, relâmpagos no meio do intestino e sair no meio do trânsito dançando porque o mundo é assim mesmo, nada mais nada menos. Só esta tatuagem, só esse brilho, só este foguete de instante. Se te toco dá choque, se não consigo é este escândalo. Queria tomadas, mas você é sereia louca de Ipanema, você é esta luz que não se guarda, você disfarça escapa sempre me engana de graça. Eu finjo que não noto disfarço e volto. Afogado na vida: 220 volts.

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