sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

"De todos os jogos, o Jogo"

Aqui, é com prazer-crítico que divulgo a resenha ensaística "De todos os jogos, o Jogo" que escrevi sobre a nova edição brasileira de "O jogo da amarelinha" (2019,Companhia das Letras) e que acaba de ser publicada no periódico "Rascunho" deste mês. O Rayuela é meu livro favorito desde a adolescência e o Cortázar é, também, parte de meu objeto-sujeito de pesquisa no pós-doutorado que estou fazendo no PACC-Letras da UFRJ com orientação da Beatriz Resende. A quem interessar possa, aqui segue o link para o texto:http://rascunho.com.br/de-todos-os-jogos-o-jogo/ 

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

A lucidez onírica de Campos de Carvalho

Aqui, é com satisfação que acabo de publicar a minha primeira resenha no Jornal Rascunho (possivelmente o único jornal de crítica literária reminiscente neste país) sobre a reedição do romance-surrealista "A chuva imóvel" de Campos de Carvalho (escritor cujo centenário em 2016 foi, em grande parte, omitido pela mídia brasileira). A quem interessar possa, segue o link abaixo para o texto sobre a lucidez onírica de Campos e alguns de seus possíveis desdobramentos na estória de 1963, incluindo André-Andréa, o primeiro personagem-protagonista andrógino da literatura brasileira:

http://rascunho.com.br/lucidez-onirica/


segunda-feira, 2 de setembro de 2019

RUÍDO MANIFESTO 2019

Aqui, a quem interessar possa, seis poemas inéditos que acabam de ser publicados na RUÍDO MANIFESTO e que integrarão o meu próximo livro de poemas "O Daúbio não é azul". http://ruidomanifesto.org/seis-poemas-de-augusto-guimaraens-cavalcanti



terça-feira, 6 de agosto de 2019

Por que é sideral o olhar do verdadeiro viajante?

Por que é sideral o olhar do verdadeiro viajante? Como ninguém, ele sabe que o mundo começou sem o homem e se acabará sem ele. Percebe que todos os mitos, estilos e linguagens são construções de sentido, sempre à beira de um abismo desguarnecido. Sente que sua viagem não terá propriamente um regresso ou gratificação maior do que a própria viagem; sua exploração ficará sempre inconclusa. No entanto, entre a solidão que reproduz a máquina de uma cultura herdada e o desalinho desse caos caleidoscópico do mundo que se deixa entrever, prefere a segunda condição: a de navegante sideral, fiel apenas à própria narrativa, senhor de suas histórias e paisagens, aquém de todo pensamento e além de toda sociedade.

domingo, 19 de maio de 2019

GERMINA

Acabam de ser publicados 7 poemas inéditos daquele que será meu próximo livro de poemas, a se chamar “O Danubio não é azul”. A quem interessar possa, aqui segue o link para a nova edição da revista Germina:
http://www.germinaliteratura.com.br/2019/naberlinda_augustoguimaraenscavalcanti_mar19.htm?fbclid=IwAR3P87g1oGN_TlPLM-ZaagWkXbHGK0tzr2Jsysailx2BpyqLdMVZLq8oQKM

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Acaba de ser publicado na revista de pós-graduação do PACC/UFRJ um artigo que é um desdobramento da minha dissertação sobre rock no Brasil defendida sob orientação de Santuza Cambraia Naves em abril de 2010, sendo, também, uma homenagem à memória de Santuza. A quem interessar possa, aqui segue o link: 

http://revistazcultural.pacc.ufrj.br/arnaldo-antunes-cazuza-e-o-rock-no-brasil/


quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Mariana \ Brumadinho


Não de vento os formei, mas do meu barro.
Não lhes dei sentimento, mas meu sangue.
Acolhe-os, pois, ainda que sejam turvo
rio a cruzar as terras que erigiste
no teu sonho maior, mesmo que sejam
somente um vago eco, um arfar penoso
de barro, solidão, de cinza e sangue.

(...)

É como um grande soluço:
Mariana.

São velhas casas pedindo
um pouco de amanhecer.
São velhas casas sonhando...
São velhas casas sonhando...
Parece que vão morrer.

É como um grande soluço:
Mariana.

Navegas por entre luzes
que te recordam, na sombra
dos teus olhos,
um passado dolorido,
um passado que não viste
e que entretanto é bem teu.
Carregas na carne aflita
uma carne que morreu.

E é como um grande soluço
de mil torres,
de paisagens exaustas,
um soluço
sufocado:
Mariana.



Alphonsus de Guimaraens Filho, "Nostalgia dos Anjos" (1939-1944) 






A história da arte