É Hoje, Quarta-feira dia 22, que estarei relançando meu livro "Os tigres cravaram as garras no horizonte" na despedida do ano de 2010 realizada no Cep 20.000 pelo Chacal. Venha comemorar com a gente, que tudo surrealize no ano de 2011!! Tudo isso hoje a partir das 20 hrs no Teatro Sérgio Porto do Humaitá. Terão lá também Ana Salek relançando seu livro "Dezembros", Domingos Guimaraens com sua exposição "Risco", e muito mais! Venham com fome de Dionísio!
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Os tigres cravaram as garras no horizonte
É Hoje, Quarta-feira dia 22, que estarei relançando meu livro "Os tigres cravaram as garras no horizonte" na despedida do ano de 2010 realizada no Cep 20.000 pelo Chacal. Venha comemorar com a gente, que tudo surrealize no ano de 2011!! Tudo isso hoje a partir das 20 hrs no Teatro Sérgio Porto do Humaitá. Terão lá também Ana Salek relançando seu livro "Dezembros", Domingos Guimaraens com sua exposição "Risco", e muito mais! Venham com fome de Dionísio!
domingo, 12 de dezembro de 2010
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Lançamento dos livros "Dezembro" (de Ana Salek) e "Os tigres cravaram as garras no horizonte" (de Augusto de Guimaraens Cavalcanti)
Convido amigos, inimigos, conhecidos e desconhecidos para o lançamento dos livros "Dezembro" (de Ana Salek) e "Os tigres cravaram as garras no horizonte" (de Augusto de Guimaraens Cavalcanti). Para os desconhecidos....serão compradas + de 60 garrafas de malbec, o que é sempre 1 boa notícia para bacantes e dionísios de plantão, rs. Os tigres vão cravar as garras no horizonte em 2010!! Local: Astrobar Planetário Gávea (Dia 01 de Dezembro, quarta-feira).
Lançamento dos livros "Dezembro" (de Ana Salek) e "Os tigres cravaram as garras no horizonte" (de Augusto de Guimaraens Cavalcanti). Quarta-feira, 1 de dezembro às 19:00 - 31 de dezembro às 23:30
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
terça-feira, 3 de agosto de 2010
sexta-feira, 16 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
quinta-feira, 8 de julho de 2010
segunda-feira, 5 de julho de 2010
R.P
terça-feira, 29 de junho de 2010
Amor Bulgária (por 7A)
O grande trauma búlgaro é ter que desafiar a lógica sempre que se quer vir à tona e virar o mundo de pernas para o ar. Como se sabe tais inversões sistêmicas não acontecem todo dia, e o esquadrão búlgaro, por exemplo, nunca mais conseguiu vencer
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Amor México (por 7A)
domingo, 27 de junho de 2010
Piscando com os punhos (poemas de Billy Corgan traduzidos por Augusto Guimaraens Cavalcanti). Do livro Blinking with fists (2004)
Um poema, se quiser: Ondas suaves raiam fora do alcance Tudo que eu respiro é meu Meu nome é somente uma casca a ser retirada lentamente como a pele das questões formais Lentamente do meu sexo eu embaralho os sindicatos de oferta As vozes silenciadas estão aqui, mas eles já estão saciados pela espera total por um tropeço Isso certamente deve vir “neste momento”, alguém declara em voz alta (na praça anônima) “desta vez não haverá nenhum tropeço” E a multidão, em uníssono entra descontroladamente em erupção, “Enquanto eu durmo eles vêm em pares para tapar minha cabeça e me ensinar aquele verso antigo que tento lhes dizer por toda minha vida redundante Ao colocar o dedo no meu templo para mostrar sabendo Com hematomas e cicatrizes Eu estou piscando com meus punhos As linhas do coro se alinham para cantar Uma respiração profunda, pronta para começar Tudo que eu respiro é meu Um bebê chorando quebra o silêncio Segue o riso constrangedor, a fim de sinalizar a " ordem divina", diz alguém caindo das chaminés, através das veias, membros são jogados para fora das obras desenhadas na sujeira, as figuras são retratadas em um impressionante ato de repouso pelos seus pulsos que ainda estão piscando
terça-feira, 15 de junho de 2010
sexta-feira, 11 de junho de 2010
gasolina
- Lá no cinema ao ar livre
Eu venho, mãe, de mirar
Um mar falso e verdadeiro
Que é o mar e não é o mar.
-Pois o cinema ao ar livre,
Filho, nunca voltarás.
Porque o mar no cinema
Não é o mar e é o mar. (Verão – Pedro Salinas)[1]
Sempre desconfiei que a verdadeira profundidade
Estivesse na superfície
Das coisas.
Walt Whitman bem nos ensinou que
Seja de treva ou de luz,
Todo momento é um milagre.
A montagem não explica a imagem,
Poetas não explicam o sussurro,
O sussurro não explica o acaso.
Mas seria a poesia, cinema em estado bruto?
O cinema explode ao ar livre seus aeroportos de carne.
O filme detona sua tela de raro oceano,
Seu mar cínico e adequado.
Mar tão aparente quanto irreal,
Mar sem margem,
Desterrado mar,
Noturno como nenhum cinema ao ar livre.
E eu não me engano neste incêndio,
And I’m only happy when it rains.
[1] Tradução de Alphonsus Guimaraens Filho, no livro Poetas de outras terras (traduções de Alphonsus de Guimaraens Filho), Edições Laranjeiras, 2005.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Interpretando o AmorAmerica (livro dos Sete Novos)
Já diria Pablo Neruda em seu poema Amor América que antes dos rios arteriais veio o grande sonho púrpuro chamado América. Henry Miller já dizia que os livros que melhor compreenderam os Estados Unidos foram feitos por escritores estrangeiros. De fato, Franz Kafka, Tocqueville e Maiakóvski possuem relatos definitivos, cada um à sua maneira. Por isso os três Sete Novos se apropriaram do poema-slogan amor-humor de Oswald, e juntaram as highways siderais de Jean Baudrillard e os outdoors mitológicos de Agrippino de Paula para construir o anti-livro AmorAmerica. Se Allen Ginsberg decretou The Fall of America em 1971, nós já pensamos um pouco diferente.
Estamos mais perto dos Estados Unidos (simulacro da França) do que imaginamos. Não, não só pelos seus mitos que deglutimos desde crianças, hipnotizadas pelos quebra-cabeças do cinema e da TV, mas pelo nosso horror à ambigüidade. Sim, somos o país mais positivista do mundo. Não, não é só pelo lema de nossa bandeira; (embora seja estranho tirar o amor do “ordem e progresso” como fizeram nossos republicanos dos Estados Unidos do Brasil); mas sim as nossas obsessões racionalistas em holofotes iluministas; quase nenhuma cota de sombra permitida.
Tudo que um super-herói americano queria era ser grego. Ou alguém nega que mesmo os protestantes entram em transe? Marthin Luther King entrou, tantas e tantas vezes, assim como Jim Hendrix de lá nunca saiu. Devemos à América o momento mais bonito da humanidade, a chegada do homem na Lua. Como se Cortez, Vespúcio, Américo ou Colombo filmassem tudo, não havia nada ali, só as crateras, crateras, crateras. Mesmo assim, a lua dos românticos virou a lua dos astronautas. O Amor América é uma esperança; um amor não correspondido da colônia pela metrópole. Assim, como a nação protestante da América não possui santos, nós emprestamos os nossos para eles.
“Os americanos só acreditam nos slogans”, me disse o Domingos certa vez. Penso assim em imagens tão ácidas como os irmãos Metralha recepcionando os turistas na Disney em vez do rato decadente e imundo Mickey. Sou aqui pela vertigem de outdoors líricos em que se vendam anúncios que façam as pessoas se emocionarem. Sou pelos Estados Unidos da Vertigem. Certa vez Jorge Mautner me disse que foram os jesuítas que criaram o samba, e que o Padre Antônio Vieira foi o primeiro tropicalista da história. Até hoje rumino sobre isso, um dia chego lá. Esperamos pelo dia
Gosto de imaginar um “Esperando Godot” encenado por Sylvester Stalonne como Pozzo e Arnold Schawzneger como Lucky. Fico imaginando se tal peça seria possível, já que no site oficial de Stalonne está escrito que na Escola de Arte Dramáticas de Miami, a grande influência de Sylvester era Beckett, achei isso um milagre auspicioso. Qual seria a influência de Samuel no grande monstro Rambo a se criar? Talvez a cidade do Kansas seja tão cosmopolita como qualquer lugar do mundo. Quem garante que as Kansas Hell Fighters não possam ser tão existencialistas quanto as francesas do Café Mondrian. E por que não ?
Para mim uma cidade tão carente que suplica romanticamente amor só pode ser uma cidade sonhada. Miami, fico pensando nela, somente nela, somente nela, como se possível fosse estar lá eternamente como em um carnaval ou em um desfile em celebração à existência. Algo como o lindo vídeo-clipe
Muito me interessa a imagem lisérgica da casa de Andy Wahrol com seus móveis preenchidos com gás de hélio, flutuando quando o artista queria desocupar seus espaços, e amarrados no chão queria preencher sua sala. Tentei misturar essa imagem em meus textos com o questionamento do livro apocalíptico “The Fall of America”, de Allen Ginsberg, em que o poeta quer defender a profecia feita por William Blake de que a América (Iracema de ressaca) se auto-implodiria em dois séculos (imagem esta quase de ficção científica à
Não estaria Blake descrevendo Kripton, planeta que explode? Mas se ao menos a grandiloqüência do Superman salvando o mundo pudesse ser aprendida por Macunaíma........ Aliás, nos filmes de Superman o planeta terra é sempre descrito por Planeta Houston, não é demais? E sem falar no Planeta Hollywood, lanchonete que serve mundialmente hambúrgueres e sonhos, assim como as finais dos campeonatos americanos que são sempre descritas como World Series. Samplers, samplers. Procuro imaginar como seria se José Agrippino de Paula tentasse entender o Kentucky......Qual seria a profecia de Blake sobre este misterioso Estado? Como Kieerkegard descreveria o tédio norte-americano daquelas cidades pequenas com suas casas todas aparentemente iguais? Como seria o carnaval em Kentucky? Bom, New Orleans possui o Mardi-Gras, que é um carnaval europeu, mas o Kentucky não, lá não há inversão nenhuma. O que Roberto Da Matta escreveria sobre um possível carnaval no Kentucky em que as mulheres gordas de frango frito começassem a entrar em transe devido a algum erro na produção do Kentucky Fried Chicken?
Através do nome “Deusa EUÁ” divido o espanto com o leitor ao descobrir que o nome africano para a deusa da sedução é realmente “Deusa EUÁ”. Em comunhão a “Deusa EUÁ”, imagino como seria se João Cabral usasse um parangolé e parasse para escutar música clássica. Se é para África dominar o mundo que seja pelo bom propósito de Michael Jackson cantando o fim da segregação racial em “Black or White”, ou pela lírica pujante dos nova-iorquinos do The Last Poets. No hip-hop o que me incomoda são as ausências de metáforas e ambigüidades, muito diferente do rap proveniente da sigla rythm and poetry (poesia ritmada).
Sou pela delicadeza dos índios, sou pelo símbolo do real, sou pela magia no cinema e pelo cinema na magia, sou pelas noites americanas. Falsas noites são criadas em estúdios durante o dia. Não seria essa a ambigüidade mágica que nos interessa? Sou pelo ritmo na poesia, e não por essa dilaceração amorfa pop, em que mal seus heróis morrem de overdose, logo são reciclados por outros. A banana de Andy Wahrol entupiu a goela de Carmem Miranda. Os grafites de Basquiat dinamitaram Manhattan como queria Drummond.
Manhatã, a cunhã do dinheiro com descendência indígena, definitivamente é uma das deusas mais imaginada do mundo. Manhatã é um desterro para os homens de boa cobiça. Manhatã é o mapa de si mesma, tão ao alcance que se confunde com sua própria representação, como se estivesse a própria terra do mapa.
Tem coisas que só são passíveis de explicações quando se caminha pelo Guggeinheim, museu circular na beira do mundo. Toda vez que o cowboy da Mar-lboro aparece nos intervalos comerciais, alguém solta sua baforada e desabrocha como uma flor. Godot entra aqui de soslaio para avisar mais uma vez que não vem. Cada vez que o cowboy da Mar-lboro surge no mundo, os pedestres de Manhattan dançam nos cruzamentos perigosos, suas coreografias são ensaiados em ato pelas ruas anônimas. Os engenheiros construíram a América e eles são inocentes.
domingo, 16 de maio de 2010
os ingênuos
mesmo através dos mapas litúrgicos
mesmo através das igrejas teleguiadas que te perseguem
qual será o novo desastre?
todo índice é símbolo
todo astro é caverna
tudo é artifício é tudo milagre
em todo esse tempo meu cinema era você
me manda uma mensagem de batom para naufrágio
sete segundos de radiação
um dilúvio
de cartões postais
puro aborto
luminoso
só os ingênuos não viram
uma mulher acaba de parir um peixe
rompendo a escuridão de todos os túneis do metrô
a rainha de sabá já chegou
quarta-feira, 12 de maio de 2010
o filme
O cinema agarra a ausência como um navio secreto que avança sem rumo incrédulo de pouso. Cine-língua, cine-poema, cine-rito, cine-nuvem, cine-lua. Câmera tédio. A câmera-tédio plantou seu jardim. Pelos cílios refinados o filme não cabe
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Lullaby (Augusto de Guimaraens Cavalcanti)
Janelas se abrem como bandeiras,
Teus olhos transbordam pelos muros e pelas casas eletrificadas
Pela eletricidade dos teus cabelos
A história já não consegue mais ser domesticadas em datas.
Mas, e o peso do ar?
Seu jeito anjo exterminador,
Mar em carne viva,
Mari-mar,
Acompanho suas pegadas como se fossem cidades.
Todas as manhãs jogo minhas asas mortas no mar.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Cidade
sábado, 24 de abril de 2010
Careless love (AmorAmerica)
quarta-feira, 14 de abril de 2010
ana c.
queria nadar nas piscinas em que os semideuses
fumam pelos muros despedaçados do espetáculo.
a rua bem se sabe
é uma pluma de chumbo.
queria saber misturar gertrude stein com billy the kid,
mas caio aqui mesmo nessa auto-estrada,
nessa via sem heróis de plástico
e sem bandeiras para hastear.
vou dar minha orelha a um cego
e caminhar pelo lado sombrio da calçada.
tento colher os poemas despencados pelo chão.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
sexta-feira, 2 de abril de 2010
David Lynch
A luz do sol, por exemplo, não elimina a negatividade. É uma luz que elimina a escuridão, não a negatividade. Que tipo de luz nós devemos então ascender para dissipar a negatividade, tal como a luz do dia dissipa a escuridão? (David Lynch. Cacthing the Big Fish)