O poeta não só enxerga, como vê a construção
junto de quem constrói, tudo na mais maré mais alta
de oceanos sem margens
junto de quem constrói, tudo na mais maré mais alta
de oceanos sem margens
Tudo pela clausura móvel da pele,
pelo reflexo de um âmbar, para que a paisagem escape
de sua própria escravidão
pelo reflexo de um âmbar, para que a paisagem escape
de sua própria escravidão
Pelo rigor na experimentação e pela experimentação no rigor;
construções em ruínas de construções
– like a slow burn
construções em ruínas de construções
– like a slow burn
O chão sustenta o tapete, que fixa
a cadeira, que sustenta os pés
Os dicionários são incômodos,
os nomes provisórios
a cadeira, que sustenta os pés
Os dicionários são incômodos,
os nomes provisórios
O voo de um pássaro não se prende a moldura alguma
_ quase nunca o calendário cardíaco corresponde ao calendário solar. o corpo é a medida da concretude das coisas, mas, por outro lado, é na mente que as ideias fluem; daí quem sabe, algumas ilusões geográficas _
É preciso nascer para provocar cortes nas escrituras do passado
Nascer junto com os mortos, escrever e ser escrito
Nascer junto com os mortos, escrever e ser escrito
Um dia, a localização poética ainda haverá de ampliar
a localização geográfica
a localização geográfica
["Slow burn": Máquina de fazer mar (2016, 7Letras, AGC)]
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