sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Seres da Tempestade


No intervalo entre 2 quedas,
Numa orquestra dissonante –
encharcada de vida, desalentada de pressa

Projeções & estranhas sensações, 
projetos & essências de jardins erráticos,
paraísos atormentados de sentidos

Em tempos surdos de primaveras desalmadas,
nas 2 escuridões do dia,
nas 2 eternidades da noite

Um nascimento esculpe a luz
de auroras meditadas & editadas
pela selva de uma memória tardia:
pedaços de uma tríplice fronteira,
uma era pós-romântica,
a incerteza quântica

– Os ismos dos anos,
uns quartos alados,
uns óculos escuros,
uns cacos de sargaços,
alguns novos enganos

Desmantelos azuis,
plenos instantes,
esquinas sem volta,
brutos diamantes

– Filósofos e outras aves:
a primavera e seu silêncio enciclopédico;
uns anjos assassinos,
outros exterminadores aos pedaços

Seres da tempestade se movem pela cidade
Seres da tempestade já não sentem saudade,
Inimigos da vaidade, marítimos da raridade;
a lua &o blues alumbram Seres da Tempestade


(AGC 2016; poema escrito sobre série de Mario Wagner; http://www.mario-wagner.com/ART-COM )





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