O
Homo Sapiens, este animal do delírio, surgiu na África. Quando o
hominídeo resolveu saltar de seu ócio, eis que nosso enigma veio à luz. As quimeras científicas estavam certas. Enquanto isso, Campos de Carvalho brada: “Não me lembro de ter nascido. Meu registro de nascimento é um
blefe. Sou tão velho quanto a África.”
Do outro lado da ponte vem um africano politicamente
ereto; seu canto anuncia o dia. Cores terrosas anunciam a cabeça da
medusa de um paraíso decaído.
A serpente também é africana. Somos todos africanos. Comemoram os
cubanos de Miami e os africanos de Beverly Hills; as montanhas do embevecimento. Aplauso para eles e para elas.
Amor à África; AmorÁfrica.
Enquanto
os H. heidelbergensis/ H. neanderthalis se espalhavam pela Europa, uma
nova linhagem de hominídeos se diferenciava na África de duzentas mil primaveras atrás: o Homo sapiens sapiens. Enquanto uma
linhagem se diferenciava em um local, outras poderiam ter surgido em outros. O
Homo sapiens sapiens haveria possuído uma capacidade craniana extraordinária e
sabia usar ferramentas mais cirúrgicas do que os demais.
Acredita-se
que os Homo sapiens sapiens, com suas plumas e pedras, saíram da África
cerca de quarenta mil anos atrás e acabaram cromatizando a noite com seus pincéis
atômicos. De qualquer modo, não se saberia se os neandertais foram
mortos ou absorvidos pelos H. sapiens sapiens mas o fato é que eles desvaneceram há trinta e cinco mil auroras atrás. O resto é história, cidade,
galáxia. De repente, estrelas descem do teto. Jardins sensoriais transbordam pela loucura expandida do dia a dia. Mas, qual o vermelho que saiu do ovo?
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