sábado, 7 de novembro de 2009

Noite

Nossos mapas estão incendiados.
Caminho sobre sua máscara de orvalho.
A noite é um monstro que ninguém sabe onde está.
Destruo meus cacos e faço meu carnaval.
Já não sei se a noite é lá fora ou dentro de mim.

Mas afinal, será que a noite é mesmo a noite?
Será que o meio-dia é isso?
Ou estaremos todos cegos olhando
Para os olhos de vidro do outro,
Para o espelho do outro,
Ladrões de nós mesmos
Correndo incendiados por ilhas além mar?

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